Como Analisar uma Demonstração do Resultado do Exercício DRE?
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é composta pelas receitas e despesas, indicando dessa forma o resultado econômico da empresa no trimestre ou nos últimos 12 meses no caso da DRE do 4o trimestre. A sua função é prover informações sobre a performance da companhia e, particularmente, mostrar se a empresa apresentou lucro ou não. A fórmula é simples: receita – despesa = resultado (lucro/prejuízo). Porém, existem vários “tipos” de lucros.
Esses valores são obtidos à medida que são subtraídas determinadas espécies de despesas. Trata-se então de uma síntese esquematizada das receitas e despesas da companhia naquele período. Assim, chega-se ao resultado obtido naquele exercício, isto é, lucro ou prejuízo, o qual é em seguida transferido para as contas do patrimônio.
É uma demonstração dos aumentos e das reduções causados no Patrimônio líquido pelas operações da empresa. Receitas significam entradas no ativo da empresa, na forma de bens ou direitos, que provocam um aumento da situação líquida. É o montante de dinheiro que entrou na empresa durante o período em questão.
As receitas representam normalmente aumento do ativo através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentado o Ativo, aumenta-se o Patrimônio Líquido.
Despesas são gastos da companhia para direta ou indiretamente gerar receitas no futuro. Representam redução do Patrimônio Líquido através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo. Entretanto, elas sempre provocam reduções na situação líquida.
Obviamente, quando as empresas não conseguem obter lucro recorrentemente, ou seja, geram prejuízos por vários trimestres, elas se tornam insustentáveis com o passar do tempo. Aos olhos dos investidores, empresas que não geram lucros possuem pouco valor. Portanto, prejuízos impactam negativamente o preço das ações.
A classificação das contas segue uma sequência lógica e se inicia com o faturamento da empresa ou Receita Operacional Bruta no período e vão sendo descontadas as diferentes despesas, bem como acrescentadas outras receitas, até se chegar ao lucro líquido do período.
“Nossa meta é encontrar uma empresa fantástica a um preço razoável, não uma empresa medíocre por uma barganha”.
Warren Buffett
Receita Bruta: A receita bruta seria o quanto a empresa conseguiu faturar no período analisado. Permite determinar a quantidade de receita conseguida com base na quantidade de mercadorias vendidas ou no número de serviços fornecidos. É Importante salientar que uma empresa que tenha um alto faturamento não significa necessariamente um lucro alto. Para que a empresa seja lucrativa a receita deve ser maior do que os custos e as despesas.
Da receita operacional bruta são deduzidos os impostos incidentes sobre as vendas, como IPI, ICMS e outros, e ainda eventuais devoluções de vendas e abatimentos concedidos posteriormente à entrega dos produtos, chegando-se então à Receita Operacional Líquida.
3.01 Receita Líquida ou Receita de Venda de Bens e/ou Serviços: Resultado da Receita Bruta subtraído as deduções (valor relativo aos tributos, deduções ou abatimentos). A Receita Líquida dá uma visão muito melhor aos investidores sobre o que realmente fica no caixa da empresa. Ao compararmos a receita líquida da empresa à receita líquida do setor identificaremos o quanto a empresa responde dentro das vendas do setor, e ao compararmos a receita líquida atual com a dos trimestres anteriores identificaremos a sua tendência, ou seja, se está aumentando ou diminuindo ao longo dos trimestres.
De uma maneira geral, a diminuição da receita líquida de um trimestre para o outro indica que a empresa está vendendo menos e, provavelmente, está perdendo participação no setor e/ou que os custos com impostos, insumos e mão de obra aumentaram, sendo o contrário também verdadeiro.
O cenário ideal seria o crescimento da Receita Líquida numa proporção superior ao crescimento dos custos ao longo dos trimestres, apresentando tendência de alta, indicando uma boa relação entre o crescimento das Receitas e o crescimento das Despesas. Da Receita Líquida são subtraídos o 3.02 Custo dos Produtos/Serviços Vendidos, chegando-se então ao 3.03 Lucro Bruto.
3.03 Lucro Bruto ou Resultado Bruto: Resultado da Receita Operacional Líquida subtraído o CPV (custo dos produtos vendidos, incluindo-se os custos dos produtos, matérias-primas, depreciação dos bens da fábrica, mão-de-obra e gastos da fábrica e outros gastos de fabricação). Tem por objetivo mostrar a lucratividade do faturamento da empresa, ou seja, a lucratividade do seu processo de produção, sem ainda considerar as despesas administrativas, comerciais, operacionais e financeiras, mostrando a viabilidade do negócio.
Logo, a apuração de um prejuízo bruto por uma empresa é um péssimo sinal, pois indica que o lucro com as vendas não cobriu o custo dos produtos. Obviamente, o crescimento do lucro bruto ao longo dos trimestres é um bom sinal, pois indica que a empresa está vendendo mais e/ou por maiores valores e/ou os custos de fabricação dos produtos diminuíram. Já uma empresa com Receita Operacional Líquida crescente e um Lucro Bruto em queda pode sinalizar problemas gerados pelo aumento de custos com matéria-prima, energia, mão de obra, etc.
O cenário ideal seria a geração e o crescimento do lucro bruto ao longo dos trimestres, apresentando tendência de alta, numa proporção maior do que o crescimento das Despesas Operacionais, indicando uma boa relação entre o crescimento do Lucro e o crescimento da Despesas. Do Resultado Bruto são subtraídas/adicionadas as 3.04 Despesas/Receitas Operacionais, chegando-se então ao 3.05 Lucro Operacional.
3.05 Lucro Operacional ou Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos (EBIT ou LAJIR): Resultado do Lucro Bruto subtraídas as Despesas Operacionais (gastos necessários à comercialização, vendas e administração, normalmente subdividida em comercial, administrativa e financeira). É importante ressaltar que é possível que a empresa gere receitas operacionais superiores às suas despesas operacionais, sendo mais comum isso ocorrer em instituições financeiras.
O Lucro Operacional mostra capacidade de geração de resultados proveniente das operações normais da empresa, ou seja, seu potencial de gerar riqueza em decorrência de suas características operacionais, independentemente de suas fontes de financiamento. Altos custos operacionais fixos e endividamento alto podem produzir bastante volatilidade nos lucros, pois uma queda nas vendas ou um aumento no custo de capital irão afetar diretamente os lucros.
Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA ou EBITDA): Ebitda é uma sigla em inglês que significa Earnings Before Interest, Tax, Depreciation and Amortization, ou seja, Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Advém da soma do Lucro Operacional com a Depreciação e a Amortização. A depreciação de um equipamento quantifica a perda de sua capacidade produtiva graças ao uso ou tempo e, portanto, a perda de seu valor para a empresa. Essa perda, vale ressaltar, é apenas econômica e não financeira, ou seja, não há um desembolso efetivo do recursos no período.
No entanto, o Ebitda não considera o montante de reinvestimento requerido pela depreciação. Em outras palavras, não considera se a empresa reserva uma parte de sua receita para reinvestir, por exemplo, na renovação de suas máquinas e equipamentos que, com o tempo, certamente sofrerão desgaste.
Já a Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos, ou seja, quitando-a paulatinamente. Assim, em determinados casos em que uma empresa apresenta prejuízo operacional mas valores altos de amortização e depreciação, ao somá-los pode-se gerar um Ebitda positivo, se os valores forem suficientemente grandes para cobrir o prejuízo e deixar um saldo positivo, indicando erroneamente um lucro operacional ou lucro EBITDA.
Ainda assim, o EBITDA tem sido amplamente utilizado como uma estimativa contábil para avaliar o desempenho operacional da empresa, levando em consideração somente os ganhos da sua atividade principal, medindo a produtividade e a eficiência do negócio. O mercado valoriza muito o crescimento do EBITDA, pois isso demonstra que a empresa vem se tornando mais eficiente e a sua produtividade vem aumentando.
Esse indicador proporciona a oportunidade de comparar a rentabilidade da empresa com outros investimentos, bem como com a rentabilidade e eficiência operacional de outras empresas mesmo de setores diferentes. Se o EBITDA da empresa vem aumentando de forma consistente isso quer dizer que a atividade fim da sua empresa está sendo realizada de forma eficiente e sustentável. Assim, a variação do indicador de um ano em relação a outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade.
Contudo, vale ressaltar que o EBITDA é um valor aproximado do potencial de caixa do negócio, pois não corresponde ao efetivo fluxo de caixa gerado pelas operações da empresa ocorrido no período, uma vez que determinados valores podem não ser recebidos, bem como certas despesas podem nunca serem pagas.
Portanto, é perfeitamente factível uma empresa ter EBITDA positivo e fluxo de caixa negativo. Assim, o EBITDA pode oferecer uma falsa noção da efetiva liquidez financeira da empresa. Além disso, o EBITDA Não é aplicado em Instituições Financeiras, dado que as despesas financeiras nestas Instituições fazem parte das operações principais, logo, não devem ser excluídas. Do Lucro Operacional (EBIT) é contabilizado o 3.06 Resultado Financeiro chegando-se ao 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro.
3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro ou Resultado Financeiro: As empresas podem obter lucro fazendo investimentos financeiros onde recebem juros. Ao mesmo tempo elas podem fazer dívidas e com isso precisam pagar juros e taxas periodicamente.Tanto o EBIT como o EBITDA por desconsiderarem as despesas financeiras podem não demonstrar a real situação de uma empresa que possui um alto grau de endividamento, pois este pode omitir grandes prejuízos referentes a despesas financeiras. Portanto, o resultado financeiro está relacionado à liquidez imediata da empresa, sendo levado muito em conta pelos bancos para o financiamento do capital de giro de empresa e para a viabilidade da remuneração dos investidores na forma de dividendos.
Além disso, ao comparar o resultado financeiro com os lucros é possível observar se a empresa está administrando de forma responsável a sua alavancagem, de forma que os seus empréstimos e seus créditos não recebidos de seus clientes não estejam consumindo os seus lucros, o que pode ser observado em empresas que geram EBITDAs altos e lucros líquidos baixos, ou mesmo, prejuízos líquidos em razão de possuírem grandes despesas financeiras, vide Aracruz e Sadia.
A Sadia anunciou prejuízo recorde de R$ 2,5 bilhões devido às perdas iniciais de R$ 760 milhões com derivativos cambiais, que depois chegaram a R$ 2,6 bilhões no auge da crise. Mais tarde, a empresa se fundiu com a Perdigão, formando a BRF. Já a Aracruz Celulose perdeu R$ 4,6 bilhões também com operações de derivativo cambial e teve de ser socorrida com apoio do BNDES, posteriormente se fundiu com a concorrente Votorantim originando a Fibria.
Ambas contabilizaram enormes prejuízos pois estavam altamente expostas a operações com derivativos cambiais que ganhavam com a desvalorização da moeda norte-americana que, no entanto, teve uma alta repentina entre agosto e outubro de 2008 devido à crise, praticamente levando ambas empresas à beira da falência em decorrência da incompetência, da falta de respeito ao risco e da irresponsabilidade dos seus dirigentes.
Caso a empresa apresente mais receitas financeiras do que despesas haverá um resultado financeiro positivo para ser acrescentado, situação mais comum para instituições financeiras. Por outro lado, caso a empresa apresente mais despesas financeiras do que receitas haverá um resultado financeiro negativo para ser descontado.
Apesar de ser mais comum para a maioria das empresas (exceto bancos) que as despesas financeiras sejam superiores às receitas financeiras, fazendo com que o resultado financeiro seja negativo, é importante avaliar o impacto desse resultado sobre o lucro líquido.
O cenário ideal seria o crescimento dos lucros ao longo dos trimestres, apresentando tendência de alta, ainda que o resultado financeiro seja negativo, contudo, sem que o mesmo impeça o crescimento dos lucros, ou mesmo, os consuma por completo, gerando um prejuízo líquido, indicando assim um boa relação entre o crescimento das Despesas Financeiras e o crescimento dos Lucros. Do Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro é descontado o 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro, chegando-se ao 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas.
3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas: Operações continuadas são as operações normais da empresa, que ocorreram durante o exercício de abrangência da demonstração. Entretanto, eventualmente a empresa pode vir a obter resultados de operações descontinuadas ou resultados não operacionais. As receitas e as despesas não operacionais são as oriundas de atividades que não estão relacionadas com o dia a dia da Empresa, ou seja, com suas atividades operacionais.
Podem ser decorrentes da venda de ativos imobilizados, tais como máquinas, equipamentos, imóveis (ganhos ou perdas de capital), de juros de empréstimos concedidos a controladas, da venda de subsidiárias, de aluguel de ativos não operacionais, de prejuízos com títulos, ganhos ou perdas decorrentes de ações judiciais, etc, normalmente relacionadas a ativos e a passivos que a Empresa não necessita para sua atividade principal.
O resultado não operacional é extraordinário, raro, não recorrente, e por consequência, não se espera que se repita no futuro. Logo, uma empresa pode apurar um lucro líquido/prejuízo líquido alto decorrente predominantemente de receitas/despesas não operacionais, gerando uma falsa indicação de que a empresa é lucrativa/deficitária.
Portanto, é importante avaliar tanto o impacto do resultado financeiro como do resultado não operacional sobre o lucro/prejuízo líquido da empresa. Do Resultado Líquido das Operações Continuadas é contabilizado o 3.10 Resultado Líquido de Operações Descontinuadas ou resultado não operacional (lucros/prejuízos não recorrentes) chegando-se então ao resultado final da empresa: Lucro Líquido – se positivo; Prejuízo Líquido – se negativo.
3.11 ou 4.01 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período ou Lucro Líquido: Refere-se ao Resultado Líquido apontado na Demonstração de Resultado do Exercício. Havendo lucro, esse será incorporado ao patrimônio líquido e, havendo prejuízo, esse será debitado do patrimônio líquido.
• Reservas do Lucro: Do Lucro Líquido do Exercício, a empresa deve efetuar reservas obrigatórias – Legal e Estatutária (referente às parcelas dos lucros destinadas a empregados, diretores, debenturistas ou a portadores de partes beneficiárias) – e reservas optativas – Contingencial, Orçamentária e de Lucros a Realizar. Reserva Legal: 5% do Lucro Líquido até o limite de 20% do Capital Social serão aplicados como Reserva Legal.
• Dividendos: Parcela do Lucro Líquido que será distribuída aos acionistas, de acordo com a legislação e com o estatuto da empresa. Se os lucros caírem, os dividendos – uma das fontes da sua renda – podem ser afetados. Se a companhia está pagando quase todo o seu lucro na forma de dividendos qualquer queda nos lucros pode ocasionar uma queda nos dividendos.
“Basicamente existem duas razões para a venda: Quando os fundamentos se deterioram; ou quando o preço chegar ao valor que você estipulou”.
John Neff
Além da DRE, a cada trimestre as empresas também divulgam a DFC - demonstração do fluxo de caixa e a DVA - demonstração do valor adicionado. A DFC organiza os fluxos de entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa em 3 grupos de atividades: operacionais, investimentos e financiamentos, e apura o resultado final do caixa.
Além de servir para avaliar a capacidade financeira e a liquidez da empresa, o padrão do comportamento do caixa da empresa indica se a empresa apresentou ou não rentabilidade operacional, se realizou investimentos em ativos ou se vendeu ativos (desinvestimento) e se realizou pagamentos de empréstimos ou se contraiu mais dívida aumentando o seu endividamento. O saldo final do caixa da empresa é a soma de todos os resultados líquidos do caixa de cada atividade.
Já a DVA informa a capacidade de geração de receitas da empresa e como foram distribuídas entre todos os envolvidos considerando os aspectos receitas, insumos, retenções (depreciação, amortização e exaustão), pessoal (funcionários), impostos (governo) e remuneração de capitais próprios (acionistas) e de terceiros (financiadores), bem como a parcela de receitas não distribuídas, que foi retida pela empresa.
As Receitas contabilizam o total de receitas operacionais e não-operacionais que a empresa recebeu com a venda de produtos e serviços. Desse total são abatidos insumos, matérias-primas e despesas operacionais chegando-se ao Valor adicionado bruto, diferença entre o custo para produzir e o valor recebido por todos os bens e serviços vendidos no período. Desse valor são descontadas as despesas com retenções chegando-se ao Valor Adicionado Líquido, ao qual são acrescentadas as receitas financeiras resultando no Valor Adicionado Total a Distribuir pela organização no período.
A segunda metade da DVA tem como objetivo mostrar como ocorreu sua distribuição desse valor final. Assim, é possível aferir se a empresa teve a capacidade de aumentar a sua produção de receitas no período em relação aos períodos anteriores comparando as entradas de receitas com as saídas, bem como comparando a evolução do Valor Adicionado Total a Distribuir ao longo dos trimestres, sendo ideal, obviamente, o crescimento das Receitas e do Valor Adicionado a Distribuir no longo prazo.
Conhecer e compreender os demonstrativos contábeis facilita muito a análise da situação de uma empresa. Qualquer informação isolada dificilmente trará observações relevantes. É necessário analisar o conjunto, ver como cada item interfere no desempenho da empresa.
Além disso, uma análise temporal é indispensável, pois avaliar a evolução dos dados com o passar do tempo mostra a tendência dos resultados e dos indicadores da empresa. Finalmente, comparar as demonstrações de empresas do mesmo setor nos proporciona uma melhor compreensão das suas performances.
Neste ponto, o investidor deve indagar se a empresa é lucrativa e se está crescendo. Obviamente, a situação ideal é que em resultados trimestrais consecutivos a empresa consiga gerar lucro líquido e, principalmente, que esse venha crescendo ao longo do tempo. Além disso, espera-se que o patrimônio líquido, a receita operacional líquida, os dividendos pagos e o ativo total também venham crescendo, contanto que a margem líquida de lucro se mantenha e, principalmente, sem que o endividamento cresça numa proporção muito maior à do crescimento do patrimônio líquido.
Empresas que vão à falência geralmente apresentam alguns sinais ao longo dos trimestres da evolução de um cenário pré-falimentar. São empresas com elevados níveis de endividamento, principalmente no curto prazo e decorrentes de empréstimos e financiamentos (passivos onerosos), que apresentam baixos lucros operacionais e líquidos por longos períodos, senão prejuízos, bem como uma baixa geração de caixa operacional (FCO), e que perdem grande participação no mercado em relação às concorrentes, indicado por uma receita líquida decrescente ao longo dos anos, se tornando assim mais susceptíveis à falência.
“Nunca vemos nada além das nossas certezas”.
Capital e Valor